quinta-feira, 25 de junho de 2009

Monlevade: antes e depois da Belgo-Mineira





Aqui a comunidade recebia da Belgo-Mineira o prédio do primeiro Cinema e da primeira escola, por volta do ano de 1939, três anos depois da a Usina se instalar no Distrito, em frente da Portaria-1



João Monlevade era apenas um arraial. Ali, entre montanhas na área central do Estado. Mas já havia sido descoberta por um francês em razão das riquezas de suas terras. Mas, a partir de meados da década de 30, entre a primeira e a segunda guerra mundial, ela surgia no cenário nacional como pólo siderúrgico, tornando-se uma filial da cidade de Sabará, onde já havia sido instalada a Usina da Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira. Em 1935 era lançada a pedra fundamental, graças à visão de um homem que foi o principal responsável pela implantação da cultura siderúrgica em nosso país, Dr. Louis Jaques Ensch. E a partir daí o desenvolvimento sócio-econômico começa a dar as caras em João Monlevade, distrito do município de Rio Piracicaba.
Paralelamente à construção da Usina, era construída a primeira Vila Operária da América Latina, integrada pela Cidade Alta, as ruas Guaranis, Caetés, Tupis, Carijós, Tamoios, Tabajaras, Aymorés, Tieté, Paraúna, Tocantins e Tapajós, e também pelos bairros Vila Tanque, Baú e Areia Preta. A Belgo-Mineira começava então a dar vida ao Distrito, oferecendo condições dignas aos seus operários e familiares, com infra-estrutura de qualidade. Além das casas, foram construídos um centro comercial, escolas, um hospital e até mesmo uma Igreja. Mais tarde um espaço para que a população pudesse usufruir de cultura e lazer, com o surgimento de clubes sociais e também uma grande sala de cinema, cujo local ficou denominado como praça Ayres Quaresma. O Distrito, em poucos anos, tornou-se maior que a sede. Portanto, duas histórias: uma antes e outra depois da Belgo-Mineira.

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