quarta-feira, 22 de julho de 2009
Fraldinha ao Molho de Jaboticaba
Palheta ao Molho de Mexerica
Festival de Inverno de Itabira recebe a Cia. Nós da Dança, do Rio de Janeiro
A Cia. Nós da Dança, do Rio de Janeiro, será o grande destaque do Festival de Inverno de Itabira nesta quarta-feira, 22 de julho. O espetáculo “Bossa Nova” será apresentado às 20h30, no Teatro da Fundação Carlos Drummond de Andrade. O acesso é gratuito, mediante a doação de um livro infantil, que será incorporado ao acervo da Bibioteca Pública Municipal Luiz Camillo de Oliveira Netto.
A performance escolhida para o Festival, “Bossa Nova”, enaltece o Rio de Janeiro, cidade que consagrou o gênero musical como um dos mais importantes do mundo. Em cena, os artistas dançam “o sol, o céu e o mar”, “o Corcovado e o Redentor”, a “garota que assa” e outras características da Cidade Maravilhosa.
A apresentação navega entre muitos estilos, sem negar as influências com movimentos leves, prazerosos e que reproduzem o jeito carioca de ser. Com versões originais e releituras atuais de grandes clássicos da música, o espetáculo traz a poesia das letras para o movimento corporal, o desenho melódico para a fluidez da execução coreográfica e a batida característica para o balanço do corpo.
Sob direção da bailarina e coreógrafa Regina Sauer, a Cia. Nós da Dança está presente nos palcos brasileiros desde 1981. Com sua versatilidade e determinação, é uma das poucas que conseguiu sobreviver por tão longo período, tornando-se uma das mais tradicionais do país.
O Festival de Inverno de itabira também recebe, nesta quarta-feira, o espetáculo infantil “Drummond para Crianças”, com Solange Alvarenga, intervenções artísticas com a Cia. Circunstância de Circo, de Belo Horizonte; apresentação do Grupo Violar, e o lançamento do livro “Experenciando a Arte: planos de aula que vivenciam a arte para facilitar o aprendizado de outras disciplinas curriculares”, de Jose DuCarmo Alexandrino.
Mais informações sobre a programação do Festival de Inverno de Itabira estão disponíveis no site www.culturaemitabira.com.br.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Quarteto de Monlevade no Festial de Itabira
Professor de violão, Phelipe Godinho, da Fundação Casa de Cultura de João Monlevade, tem projeto aprovado pela Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade - Itabira/MG.
Com o Projeto “Sou do Mundo, Sou Minas Gerais”, o Grupo Ânima de João Monlevade, formado por Phelipe Godinho (Violão e Contra Baixo), Daniel Bahia (Guitarra e Violão), Lago Abreu (Percussão), e Cila Cordelli (Vocal), e é bem ousado e tem uma musicalidade verdadeira, baseando-se no uso de violões, percussão, arranjos inusitados e voz surpreendente.
No próximo dia 24 de julho, a partir às 10 da noite, o grupo estará se apresentando na Praça São Tomé, em Itabira, durante a realização do 35º Festival de Inverno daquela cidade. A proposta do “Anima” é a de resgatar canções que marcam e emocionam pessoas de vidas e épocas diferentes. O Grupo sempre procura integrar músicos e platéia numa relação natural, harmoniosa e inevitável. Faz parte do repertório canções de grandes compositores brasileiros, entre eles Tom Jobim, Milton Nascimento, Lenine e nomes que começam a despontar na música brasileira, como Mariana Nunes e Vander Lee.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Causo Mineiro, uai!
O caboquim cordô cêdo,
ispriguíçô,
lavô as mão na gamela,
limpô uzói,
sinxugô,
tomô café,
pegô a inxada,
sivirô pra muié
I falô:
- Muiééé,
tô inoprotrabaio.
Quano q'êle saiu da casa,
ao invêiz dií prá roça,
ele subiu num pé di manga
I ficô iscundidim.
De repente
pareceu um negão,
e foi inté upé di manga
I nem si percebeu
q'o caboquim tava lá inrriba.
Pegô u'a manga...
chupô,
pegôta,
I mais ôta...,
I a muié du caboquim chegô
na janela e gritô:
- Póvim,
ele já foi!
I o negão largô as manga
I sinfurnô dendacasa du caboquim.
O caboquim,
danado de ráiva,
desceu da árvre,
pegô um facão
e intrô na casa.
Quandele abriu a porta
ele viu o negão chupano
as teta da muié,
intonsi levantô u facão e falô:
- Vai morrêêêêê negão!!!
E num é cunegão
puxô um 38 da cintura,
I pontô pro caboquim falano:
- Por que eu vou morrer?
E o cabuquim:
- Uai cê chupô trêis manga
e agora tá mamando leite.
Assim tu vai morrê,
manga cum leite faiz mar,
uai!!!
terça-feira, 7 de julho de 2009
Autoridades que se acham “deuses”
O abuso de autoridade ao fazer dos clássicos entre Atlético e Cruzeiro uma partida de Tênis
É muito fácil para os Ministros do Supremo Tribunal Federal colocarem suas becas e decidirem que não é mais obrigatório o diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. Deveriam também extinguir a exigência do diploma para o curso de Direito. Afinal, para conhecer leis não é necessário se assentar em um banco de Faculdade e se formar para advogado.
Essas pessoas se acham “deuses” só pelo fato de terem uma autoridade constituída por eles mesmos. Este exemplo do STF eu transfiro agora para os ocupantes do cargo de promotores de Justiça, ou melhor, dos dignos representantes do Ministério Público, cujos valores se alteraram tanto ao longo da história. Hoje um promotor decide tudo, como por exemplo querer transformar o maior clássico do futebol de Minas Gerais e um dos maiores e mais populares do Brasil, Atlético e Cruzeiro, em um jogo de tênis de mesa. Afinal, decidiram que as duas partidas entre os rivais neste Campeonato Brasileiro serão com público de uma só torcida. Por exemplo: no clássico deste domingo só pode comparecer a torcida do Cruzeiro. Ou melhor, somente 10% dos ingressos serão destinados ao torcedor atleticano. E para o returno do Brasileiro, a coisa se inverte. Um absurdo e um desrespeito ao direito de ir e vir. E não há nenhuma estatística que comprove que no clássico entre Atlético e cruzeiro morram “ene” torcedores. Não há nada que justifique essa decisão imbecil e absurda. Autoritária por demais.
A história de João Monlevade não pode ser contada sem se falar nas “Três Casas”. Esta fotografia, sem data, celebra e homenageia várias famílias que aqui moraram quando vieram trabalhar na Usina da Belgo-Mineira. Três Casas, porque primeiro eram apenas três residências, e depois tornaram-se dezenas.
Terra de chão batido e mais lembrando o visual de uma cidade do sertão nordestino, de crianças descalças; ora brincando, ora indo para a escola. Pessoas simples e operários que vieram ajudar no crescimento econômico de João Monlevade. As Três Casas ficavam ali, logo depois de pegar a estrada de acesso ao bairro Jacuí (antes “Jacuí de Baixo”, porque Cruzeiro Celeste era “Jacuí de Cima”), a alguns metros depois do Posto Girassol, beirando a estrada férrea. E não há monlevadense que não se lembre delas...
Matéria publicada na edição de março de 2002, no jornal "Morro do Geo".
O Morro do Geo e a História de Monlevade
O jornal “O Pioneiro”, em sua edição de maio de 1960, trazia uma matéria especial sobre a inauguração da Rádio Cultura, fundada pela Belgo-Mineira e que vinha preencher uma lacuna entre os monlevadenses. Um entretenimento para toda a população. Neste dia, o locutor Alim Machado, ainda aos seus 17 anos, abria o primeiro programa da Cultura em caráter oficial, ali nos estúdios da praça Ayres Quaresma, próximo à da Portaria-1 da Usina. Enquanto isso, cantores de renome como Nelson Gonçalves, Elza Soares e Elizete Cardoso faziam um grande show no Grêmio, acompanhados por artistas da terra, entre eles Neide Roberto, Geraldo Orozimbo e tantos outros.
Esta foto, logo depois da Fundação, anos 60, um trio da pesada que trabalhava na emissora: Humberto (da Telemig e agora Intelcom)), que trabalhava como operador de áudio, e os locutores Paulo Lopes (hoje radialista de grande sucesso na Record,
O Caso “Ouro Preto”
Às vezes dá vergonha de ser brasileiro, onde a impunidade sempre mostra a cara. O mais recente episódio é sobre a estudante Aline Silveira Soares, assassinada na cidade de Ouro Preto, na tradicional “Festa do
Seriam mesmo inocentes? E, se realmente não são os três e mais a prima da vítima os assassinos da estudante, as investigações irão cessar e os culpados não serão colocados atrás das grades? Que país é este onde os criminosos continuam nas ruas, levando a vida de forma normal, e que se danem as vítimas e seus familiares. Este caso de Ouro Preto é apenas mais um exemplo e se torna estatística. Mas, e aí? Fica tudo do mesmo jeito.
E também a Impunidade dos Políticos
É, às vezes dá mesmo vergonha de ser brasileiro. Isso quando assistimos a maldita impunidade imperar. E não só na lida criminal, mas também na Cível, na política dos poderosos que continuam impunes. Vejam o Senado, a Casa das leis e onde deveria imperar, ser prioridade, as ações limpas, transparentes. Mas não, lá impera todo um esquema de corrupção e acompanhamos o presidente e da República, Lula da Silva, vem sair em defesa de um sacana como José Sarney e que, por tabela, acabou também dirigindo o nosso país. Um arenista fervoroso, pelego do regime ditatorial militar, contra os movimentos trabalhistas e sindicais de um passado não muito distante, portanto, inimigo dos metalúrgicos do ABC paulista então comandado pelo sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, é agora defendido pelo mesmo Lula e os militantes do próprio Partido dos Trabalhadores.
Este é o Brasil, não das diferenças, mas das incoerências. Onde petistas que mais lutavam em prol da transparência na política, pela moral e a ética hoje querem que a sujeira do Senado seja varrida pra debaixo do tapete.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Centro de Carneirinhos? Aberração total!
A nossa história nos permitiu até mesmo mudarmos o nome de nosso município. Até o final dos anos 1970, quando Carneirinhos ainda engatinhava como o próspero bairro que se formaria anos depois, pólo comercial da região do Médio Piracicaba, tudo girava em torno da Usina da Belgo-Mineira. Clubes sócias e recreativos, escolas, comércio, cinema, bares etc. Mas, já naquela época, quando nos deslocávamos de bairros para irmos ao centro da cidade, usávamos a seguintes expressão; “eu vou lá em Monlevade”, como se Monlevade fosse um outro bairro e não o nome do município. Pessoas que moravam em outras cidades diziam muitas vezes: “fui lá em Carneirinhos e como o lugar cresceu! Está maior que Monlevade”. Coisas desse tipo, ou seja, a impressão que se tinha era de que os extremos haviam se dividido em dois municípios distintos.
Pois bem, mas ainda hoje cometemos esses deslizes através das expressões. Os próprios jornais, em suas matérias, cometem a seguinte aberração: “o fato ocorreu na área central de Carneirinhos”. Como, área central de Carneirinhos? Carneirinhos, afinal, é a área central de João Monlevade. Ou ainda: “no centro comercial de Carneirinhos”. Outra redundância.
Mas, como somos uma cidade atípica, de costumes voltados à cultura européia, desde os tempos do pioneiro Jean Monlevade e do pai da siderurgia Dr. Louis Jaques Ensch, aqui tudo pode. Até dividir Carneirinhos de João Monlevade.
O Morro do Geo agradece
A senhora Rita Carneiro, filha do casal mil Vicentinho e Dona Lourdinha e esposa do Daniel “Dentista”, é uma colecionada nata do nosso jornal, o “Morro do Geo”. Ela recorta todas as fotografias antigas e os textos publicados no jornal desde a edição de nº 3, publicada em março de 2001. Tudo colado e plastificado com o maior cuidado. Uma pasta para fotos gerais e outras só para fotografias de times de futebol. Afinal seu pai foi um “cracaço” do saudoso Vasquinho. À Dona Rita, o nosso muito obrigado!
Monlevade, eu sou da gema!…
Recebi esta maravilhosa fotografia de João Monlevade, onde mostra o nosso velho e belo Centro Industrial, aparecendo à direita a maravilhosa Matriz São José Operário, construída pela Belgo-Mineira nos anos 1940. Não sei ao certo o autor desta obra-prima (definiria assim), mas se não estou enganado ou é de Lutécia Espechit ou de Noel Roberto, dois monlevadenses da gema. Mas vamos descobrir.
O certo é que esta foto retrata tão bem o espírito do povo monlevadense, talvez pela poesia desta mata que nos cerca ou das montanhas que nos rodeiam. Vale a pena gostar de Monlevade e lutar por esta terra. Obrigado, Deus, por ter nascido monlevadense. Por ser da gema e amar este meu canto. E, por ser sexta-feira, nada melhor do que abraçar com muita força este pedacinho de chão chamado João Monlevade. E viva nós!…
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Mitos não são Ídolos! E vice-versa
Mitos são eternos. Ídolos, não! E um ídolo que se tornou mito e que nem mesmo as maldosas notícias muitas vezes plantadas pela mídia sensacionalista conseguiram minimizar seu talento. Falo de um dos maiores mitos da história contemporânea, do pop mega star Michael Jakson, cujo talento surgiu ao mundo quando, aos cinco anos, já era vocalista do grupo Jakson 5 (Jakson Five), formado por ele e os outros quatro irmãos. Dali em diante ele conquistou o mundo.
Nunca na história moderna uma morte foi tão noticiada e provocou tamanha repercussão como a do mito Michael Jakson. Nem mesmo a do eterno Beatles, John Lennon. Ou mesmo do Rei do Rock, Elvis Presley. No Brasil, comparada, só a do ídolo Ayrton Sena. Um mito, e não um ídolo
Ídolos são muitas vezes fabricados, como Zezé de Camargo e Luciano, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Xuxa etc. Mitos como Michael Jakson, são muito raros e entre eles podemos incluir Roberto Carlos ou Chico Buarque de Holanda. Independem da mídia. Independem do “jabajeiro” Galvão Bueno. Por isso, Michael Jakson é diferente. O seu talento o consagrou. E não pensem que ele chegou ao pico por acaso. Chegou porque trabalhou, lutou, estudou. E não tentem denegrir a imagem do mito, porque ele não é ídolo.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Monlevade: antes e depois da Belgo-Mineira
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Namorados - Por Carlos Drumondd de Andrade
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente
treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas: de carinho escondido na hora em que passa o filme: de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d’agua, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uam névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira: Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.
Frases sobre Jornalismo:
“Médico acha que é Deus. Jornalista tem certeza”.
Ricardo Noblat
“Imprensa é pizzaria: não temos catupiry hoje, bota queijo gorgonzola”.
Cláudio Júlio Tognolli
“Imprensa é pizzaria: não temos catupiry hoje, bota queijo gorgonzola”.
Cláudio Júlio Tognolli
“Três jornais me fazem mais medo do que cem mil baionetas”.
Napoleão Bonaporte
“O jornalismo pouco mais é, afinal, do que uma relação entre curiosos, os profissionais e os amadores”.
Arthur Dapieve
“A diferença entre o jornalismo e a literatura é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida”.
Oscar Wilde
“A reportagem é a alma do jornalismo”.
Xico Sá
“O jornalista tem que ser inconveniente, deve ser inquieto por natureza”.
Juarez Soares
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter”.
Cláudio Abramo
“Alguns jornalistas são filhos da pauta”.
Marcos Losekan
“Jornalismo tem que ter conflitos. Senão, não vale a pena”.
Paulo Henrique Amorim
“Antigamente fazia-se jornalismo, hoje ficou só análise de pesquisa. Ninguém mais tem opinião. 90% é apenas o que o consumidor quer”.
Paulo Francis
“A liberdade de imprensa é irmã siamesa da democracia. Uma sem a outra não vive”.
Rui Celso Reali Fragoso
“A imprensa pode causar mais danos que a bomba atômica. E deixar cicatrizes no cérebro”.
Noam Chomsky
“Por mais que essa frase possa parecer um chavão, a imprensa é a sentinela da democracia”.
Jô Soares
“Jornalismo é o ato de contar a uma parte da sociedade o que a outra parte está fazendo”.
Heródoto Barbeiro
“Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”. Luis Fernando Veríssimo
quinta-feira, 11 de junho de 2009
O Morro do Geo e a História de João Monlevade
Esta foto, de 1973, apresenta um grupo dos primeiros professores dessa grande escola, quando da comemoração de um ano de fundação do CEJM. Na foto, da esquerda para a direita: Sheila, Glaydsmar, Salomé, Rosária, Gracinha e o então namorado e depois esposo, saudoso Toninho de Paula, que chegou a ser vice-prefeito de João Monlevade de
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Arte no Sítio
Será realizada no próximo dia 13 de junho a 5ª edição do projeto “Arte no Sítio”, que mistura arte com gastronomia. Idealizado pelo jornalista Wir Caetano e contando com nosso apoio, o encontro ocorrerá mais uma vez no sítio do Luiz Amaral, ali no bairro Laranjeiras, e haverá, entre outras coisas, apresentação de samba de raiz com o grupo Remanescentes do “Afilhados do Sereno”, exposição de artesanato e espetáculo de dança, além de uma boa comida preparada pelos mestres-cucas Miguel Moreira e Mário Mendes. O prato desta vez é a “Cocota Assanhada”, que é uma galinha caipira preparada com leite de coco, milho verde e outras iguarias da culinária mineira. Ela virá acompanhada de arroz e tutu assado.
O número de convidados é limitado e contatos já podem ser feitos através deste Blog ou com Wir Caetano, que é assessor de Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos. O pacote completo, com comida, uma boa cerveja, refrigerante, água mineral, samba e arte, a R$ 35,00 por cabeça.
Voltando a falar de pessoas que merecem ser homenageadas em vida
João Félix e o filho, saudoso Zely
Tudo que escrevi aqui no Blog, em uma coluna no jornal “A Notícia” e falei em uma entrevista que concedi à Rádio Cultura sobre a hipocrisia de políticos em prestar homenagens às pessoas depois de encarnadas, foi de alerta para que outras injustiças não ocorram. O caso da cantora Neide Roberto foi o último exemplo e que me deixou, particularmente, indignado, mas isso é passado.
E, como citei aqui dias atrás, uma pessoa que merece muito o nosso respeito e uma homenagem em vida, é o senhor João Félix, grande músico e que tanto bem fez e fzz à nossa cultura. Afinal, um homem que foi pai e mãe e criou uma geração de grandes músicos, que são seus filhos, entre os quais o saudoso Zely, o Zé Maria, Eli e Geraldinho. João Félix, patrimônio de nossa cidade e com seus mais de 80 anos de experiência sempre perambulava pelas ruas da cidade. Hoje, mais quieto, está sempre em casa, ali à Rua 32, no bairro Areia Preta. Portanto, vamos valorizar este grande personagem ainda
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Monlevade, uma cidade atípicaV
Vista noturna do Aclimação
Eu sempre desejei escrever um texto sobre a cultura do povo monlevadense. Talvez nem seja assim a cultura exclusiva dos nossos conterrâneos, mas acredito que não se trata de um costume muito comum. Isso porque somos uma cidade atípica em vários setores, e muito pela herança européia, deixada pelos franceses luxemburgueses e holandeses, que deram início ao Distrito de São Miguel e depois a João Monlevade, com a instalação da indústria siderúrgica. Desde o lançamento de sua pedra fundamental aqui em nossa terra, em 1935, que a Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira criou uma cultura corporativista, meio paternalista. E também materna, pois o jargão que se ouve até hoje por aqui é o de que “a Belgo era uma mãe para Monlevade”. Até para a simples troca de lâmpadas comuns nas casas, a Belgo mandava um operário para fazê-la. Sem contar a distribuição de leite de graça, que saia do Lactário a todos os recém-nascidos e crianças, tudo balanceado. A construção de clubes sociais e recreativos para os operários, de escolas públicas de excelente qualidade, de estádio de futebol e o investimento que se fazia para a contratação de jogadores e consequentemente a formação de grandes equipes. Tudo isso deixou uma herança.
Pois é, mas temos outros tipos de cultura diferenciada. Somos um município minúsculo territorialmente e por isso nem temos zona rural. O monlevadense nem sabe o que é mata-burro, mas aqui há Clube do Cavalo, Cavalgadas e a nossa emissora de rádio AM só toca músicas sertanejas, ou melhor, “breganejas”. Isso também é atípico, meio incoerente para uma cidade de origem siderúrgica e comercial, estritamente urbana. Mas é a verdade. E aqui tem outro problema: não há raiz, não há costumes. Não sabemos nem quem é o Padroeiro de João Monlevade e aqui não há nenhuma festa tradicional, religiosas, por mais que tentem. Aqui as coisas não têm continuidade; as boas ficaram no passado.
E a nossa Cultura?
Falo em cultura e não se confunda com artes. E qual a nossa cultura? Preocupar demais com a vida dos outros. Na sexta-feira passada – portanto dia útil - eu e dois colegas conversávamos ali em frente à loja do Ulete Mota, por volta de duas horas da tarde. Passou um conhecido e ironizou: “ô vida boa, héin”! Queria perguntar: - vocês não têm trabalho? Papo de gente pequena, que só quer saber sobre as cervejas que bebemos hoje, mas jamais a cachaça que tivemos de tomar durante anos. Pois em Monlevade é assim, salvem-se exceções, porque aqui também há muita gente mágica, que se enriqueceu da noite para o dia e sabemos que isso é algo impossível. Mas isso é outra história...
Quero falar dessa cultura de colocar a pessoa pra baixo e deixar a inveja tomar conta. Se você compra um carro novo (nem carece ser zero) e sai pela avenida, vêem aqueles olhos de inveja, bem gordo, e sempre o comentário: “aquele deve de estar roubando ou vendendo droga”. Agora, aparece dirigindo um Fusquinha ou um Chevett para você ver. Está na ponta da língua; “coitado, tá quebradinho. Vendendo o almoço para comprar a janta”. Aqui, meu caro conterrâneo ou conterrânea, a maioria quer te ver ferrado. Ver a sua ferida aberta e dar um bico nela, para sangrar mais. E trabalhar por aqui, progredir, conseguir adquirir sua casinha e comprar um carrinho novo, provoca inveja, mesmo que você esteja ralando na Usina, trocando turno, fazendo hora-extra, o seu vizinho ou até “chegado” quer te ver pelas costas. Agora, quando você parou e passa por uma crise de ordem econômica, riem da sua cara. Cultura mais besta esta, sô!
Por isso que cada um deve viver a sua vida mais discreta, para não provocar o olho gordo do colega. E aqui em Monlevade o que há de gente invejosa com o sucesso dos outros ou a felicidade com a queda, é mais que a maioria mais um. Fazer o quê?
Jornalista monlevadense comenta livro de autor inglês na rádio Inconfidência
Jornalista Wir Caetano
Esta segunda-feira, dia 1º, o jornalista monlevadense Wir Caetano participa pela segunda vez do programa cultural “Viamundo”, da rádio Inconfidência (100,9 FM), a “Brasileiríssima”. Ele vai falar sobre o livro “Cartas de Aniversário”, do poeta inglês Ted Hughes, morto em 1998, vítima de câncer.
Hughes, considerado um dos maiores poetas britânicos contemporâneos, teve uma vida trágica. Ele foi casado duas vezes e suas mulheres se suicidaram da mesma forma, com gás de cozinha. Em março último, o filho do primeiro casamento, com a poeta norte-americana Sylvia Plath, se enforcou, aos 47 anos. Em “Cartas de aniversário”, Ted Hughes faz reflexões sobre seu relacionamento com Sylvia e seus filhos, explorando pequenos detalhes do cotidiano. Segundo Wir Caetano, o livro pode ser classificado como uma “arqueologia da prosa familiar”.
O jornalista é atualmente assessor de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade, cidade onde vive. Ele tem formação também em letras e tem textos publicados em jornais e revistas culturais de diversas partes do país. Mantém o blog “Monlôver” (http://monlover.wordpress.com).
A primeira participação de Wir Caetano no programa “Viamundo” foi no dia 27 de abril. Da primeira vez, a gravação foi feita em estúdio da Rádio Alternativa 1 FM, em Monlevade e, agora, pelo telefone.
O programa
O Viamundo leva ao ouvinte, além de notícias, a opinião de comentaristas qualificados sobre produtos culturais diversos, como livros, discos, shows e filmes. O programa mantém uma rede de correspondentes estrangeiros em Barcelona, Londres, Paris, Nova York, Tóquio e Buenos Aires, dentre outras cidades do exterior.
Exibido de segunda a sext-feira, de 12 às 13 horas, o “Viamundo” pode ser ouvido também pela Internet, ao vivo, no endereço www.inconfidencia.com.br.
sábado, 30 de maio de 2009
Os Heróis Anônimos
Betinho, Chico Mário e Henfil, no colo da mãe e que se tornou famosa com “Cartas para Mamãe”, publicadas pelo cartunista
Como brincou o amigo Márcio Passos, ele está se tornando um alcoólatra de tanto ler em meus escritos que sempre estou acompanhado de uma cerveja com cachaça. Pois é, mas esse fato se repete nessa noite de sábado, aguardando apenas que o grande “Duda”, aqui do Magalito, mande subir as loiras geladas. Mas é que a cerveja dá um sentimento mais profundo à emoção e a cachaça coloca de vez a inspiração sobre os teclados. E se Vinícius sempre se inspirou no copo de Wisck, assim como Chico Buarque e outros grandes mestres, este simples escrevinhador opta por doses mais baratas.
Pois bem, mas é que antes de o sono chegar assisto a um Documentário intitulado “3 Irmãos de Sangue”, produzido em 2006 pela cineasta Ana Patrícia Reininger e que conta história de vida de três brasileiros raros e que tiveram um papel social e cultural de tamanha relevância em nosso país. Foram os irmãos Betinho, Henfil e Chico Mário, todos hemofílicos de nascença e que foram contaminados – nos anos 1980 – pelo vírus da Aids, através da transfusão de sangue. Isso porque a saúde pública do Brasil não deu a importância necessária ao problema e sangue contaminado era distribuído aleatoriamente sem nenhuma fiscalização. E, entre milhares de vítimas – pode-se dizer “assassinados pelos governos federal, estadual e municipal”, como citou Henfil dias antes de morrer -, os três irmãos. O sociólogo, o cartunista e o músico, respectivamente.
Assistindo ao Documentário, a minha reação foi espanto. Afinal, o dever dos governos é o de oferecer saúde à população. Mas no Brasil, o que se oferece é sangue soropositivo. E será que o quadro mudou nos últimos vinte anos? Ou o pobre continua sendo humilhado nas portas dos hospitais públicos deste país? Mas, isso é outra história, porque falo aqui dos irmãos. Chico morreu aos 40 anos, em 1988. Henfil morreu aos 44 anos, também em 1988. Betinho veio falecer em 1997, aos 62 anos. Todos de forma prematura e assassinados com sangue contaminado. Mas, qual de nós, brasileiros que conhecemos as histórias desses heróis, tem na memória a lição de vida de cada um deles? A nossa memória não é curta, ela foi perdida de vez. Lembramos sim de outros heróis, daqueles produzidos pela mídia. Não dos cartuns e do humor afiado do Henfil, das lindas melodias de Chico Mário e da luta em favor da cidadania do Betinho, idealizador do programa “Fome Zero”, no ano de 1993, e que hoje apenas ficou para a história. A obra dos diques, iniciada por eles, não teve sequência. Uma pena! E certamente outros heróis brasileiros também são esquecidos.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Carne Seca
Ingredientes:
- 400g de carne de sol (charque)
- 700 g de quiabo
- 50ml de óleo
- 20g de alho
- 1 cebola média picada
- 100g de tomate picado
- 1/2 maço de cheiro verde
- 300ml de água
Modo de Preparo:
No dia anterior, dessalgue a carne de sol, deixando de molho e
trocando a água.
Numa panela coloque o óleo, alho e a cebola, refogue, acrescente
a carne de sol e o tomate picado e o cheiro verde, refogue bem a
carne e acrescente a água e deixe cozinhar.
Separado, antes de refogar o quiabo, ferva
suco de 1 limão e afervente o quiabo por 5 minutos, para tirar a
baba. Retire o quiabo e junte a carne e deixe cozinhar por 10
minutos.
Receita Vencedora do Comida de Buteco 2009
"Caracol de Pernil": uma receita de 61 anos da família do CAfé Palhares, restaurante localizado na Rua Tupinambás, em Belo Horizonte.
- 3 pimentas malagueta picadas
- 3 dentes de alho amassados
- 1 colher (café rasa) de pimenta-do-reino
- 100 g de sal
- 1 pedaço de pernil traseiro, desossado e aberto em manta
(com +/- 3 kg )
- Meio copo (tipo americano) de vinagre branco
- 1 copo (tipo americano) de caldo de carne (1 tablete de
caldo de carne dissolvido em 1 copo de água)
Para a montagem
- couve picada bem fininha (como fios de ovos)
- fatias finas de pernil suíno assado
- molho picante de abacaxi
- 1 cenoura cortada em palito e cozida al dente
- 1 pepino descascado (sem sementes) e cortado em palito
- 5 mini-pães árabe (separe as metades do pão)
MOLHO PICANTE DE ABACAXI
- 1 abacaxi perola, descascado e picado
- 50 ml de água
- 3 colheres (sopa) de molho de pimenta (pronto)
- 2 colheres (café) de sal
- 1 colher (café) de pimenta calabresa
- 1 colher (sopa) de açúcar mascavo
1- Num pilão coloque 3 pimentas malagueta picadas e 3 dentes de
alho amassados e soque até obter uma pasta. Junte 1 colher (café
rasa) de pimenta-do-reino e
este tempero é a base da cozinha mineira). Reserve
2- Tempere 1 pedaço de pernil traseiro, desossado e aberto em
manta com o copo (tipo americano) de vinagre branco e o tempero
mineiro a gosto (feito acima). Enrole o pernil temperado como
rocambole e amarre bem forte com barbante.
3º - Coloque o pernil numa assadeira e leve para assar em forno
pré-aquecido a 200 graus até dourar (+/- 2 horas). DICA: coloque
no fundo da assadeira 1 copo (tipo americano) de caldo de carne
para manter o pernil úmido e suculento. Retire do forno, deixe
esfriar e leve para geladeira para resfriar de preferência de um
dia para o outro. Fatie a carne em fatias finas. Reserve.
DICA: pode ser servido frio ou leve para o forno rapidamente
(somente para aquecer). DICA: cuidado para não aquecer demais
para o pernil não ficar com gosto de porco.
4- Distribua as fatias de pernil em uma tigela ou vasilhame
pequeno e redondo, dispondo as fatias em camadas, como se
estivesse desenhando um caracol e vá regando com o molho de
abacaxi picante.
5- Coloque os fios de couve em um prato quadrado no formato de
ninho, desenforme o pernil no meio do ninho de couve e sirva
acompanhado de cenoura cortada em palito cozida al dente, pepino
em palitos, pão sírio ou pão francês.
MOLHO PICANTE DE ABACAXI
1- Num liquidificador coloque 1 abacaxi perola, descascado e
picado e 50 ml de água e bata bem. Passe o suco por uma peneira
fina e despreze o bagaço. Volte o suco para o copo do
liquidificador e bata com 3 colheres (sopa) de molho de pimenta
(pronto), 2 colheres (café) de sal e 1 colher (café) de pimenta
calabresa. Reserve.
2- Numa panela em fogo médio coloque 1 colher (sopa) de açúcar
mascavo e leve ao fogo até caramelizar (10 minutos). Junte o suco
de abacaxi batido e mexa até o açúcar dissolver. Cozinhe em fogo
brando uns 5 minutos.