terça-feira, 5 de maio de 2009

Amar a Música Popular Brasileira


Segunda-feira: eu, Rominho, Zé Afonso Miguelzinho e Mário Paciência, no Bar do Cláudio (Santa Bárbara), ali na Tieté, em frente ao nosso símbolo, a igreja São José Operário. Uma cerveja, uma cachaça e um caldo de mandioca. Já tinha desligado do computador. E surge um DVD de Paulino a Viola. “Um Deus, que maravilha”! Depois, entre papos e goles, um novo DVD; do saudoso Luiz Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha, meu ídolo. Peço emprestado e trago pra casa. Já tinha desligado o computador.

No meu mais profundo ego, pego uma cerveja, no Magalito, em frente à minha casa. Um queijo e uma lingüiça da feira, frita. Uma cachaça cujo presente me foi ofertado pelo amigo “Marcelo Dentista”, direto de Alvinópolis. E ligo a TV. E ligo o DVD. E vejo e ouço Gonzaguinha cantando “Sangrando”. Ouço as músicas “Com a perna no mundo” e “O que é o que é”. E mais uma dúzia multiplicada por duas. Solitário, pensei: por que as mulheres que amei não amaram tanto Gonzaguinha, Chico, Milton, Lô, Beto, Caetano, Gal, Elis, Bethânia, João, Paulinho, Martinho, Flávio, Fagner, Belchior, Nara, Tom, Vinícius, Cartola, Nelson (o do Cavaquinho ou o Sargento), Noel, Pixinguinha, Bosco, Marisa, Elba, Braguinha, Nelson, Keti, Zé, Lupicínio, Beth, Arnaldo, Alceu, Xangai, Farias, Elomar, Azevedo etc… Como eu?

Frustração: as mulheres que eu amei deveriam gostar da Música Popular Brasileira; do samba de raiz. Deveriam odiar o Breganejo, essa coisa horrível. Mas, como dizia, trouxe para casa o DVD de Gonzaguinha. E acreditava na vida. Acredito. Mas as mulheres que amei gostavam de Gospel, de Zezé di Camargo, de Chororó e da Xuxa. E raramente da MPB, do clássico da música brasileira. E por isso eu vivo solitário…

 

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