domingo, 19 de abril de 2009

A história se faz com seus personagens



Alim Machado ((e), o locutor que colocou a Cultura no ar, e ao lado o saudoso Geraldo Zenóbio (Pindoba), que também trabalhou na emissora. Aqui, durante uma entrevista que fiz com os ex-funcionários, em abril de 2001, quando a Rádio Cultura completava 40 anos de fundação. A história se faz com quem ajudou a construí-la

 

O que é a História? História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é στορίαι (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes. O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados (http://pt.wikipedia.org/wiki/História).

 

Trocando em miúdos, a história se inicia quando os homens encontram as provas de sua existência através da realização de seus antepassados. E, sem aqueles que começaram a história, não haveria ninguém para contá-las hoje. Parto do princípio de que se esquecendo (ou omitindo) os feitos dos antepassados perdem-se o bonde da história.

 

Não estou aqui para fazer julgamento ou mesmo legislar em causa própria. E muito menos para atirar pedras na iniciativa da direção da Rádio Cultua, e do seu proprietário, deputado Mauri Torres, que realizou uma bonita festa nesse domingo, quando das comemorações pela passagem do 48º aniversário da emissora, fundada pela Belgo-Mineira em 1961 (ler história abaixo). Mas, gostaria sim de apresentar aqui a minha indignação pela falta de respeito com que a atual direção tratou aqueles que ajudaram a construir a história desta emissora. Se estiver enganado, que me desculpem, mas os ex-funcionários da emissora, os que, durante anos, vestiram a camisa da Cultura, desde os tempos da Belgo-Mineira e mais tarde pela Tiradentes/Globo, foram ao menos lembrados neste aniversário? Dou como exemplos nomes como Alim Machado (o locutor que colocou a Rádio Cultura no ar), Maurício Reis (editor de esportes durante anos), o popular “Sabará” (repórter esportivo nos anos de ouro do futebol em Monlevade), Vicente de Paula (o pé de boi da emissora durante décadas), Geraldo Cardoso (baluarte da Cultura e injustamente demitido da emissora), Elmar Vinícius de Oliveira (diretor nos anos 1980/90), Jair Lesse (um dos pioneiros em programas sertanejos) etc. Algum deles foi lembrado como parte da história da Rádio Cultura? Pois bem, ficam então os meus protestos pelo “esquecimento” e, voltando ao velho jargão, “um povo sem história é um povo sem memória”.

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