quinta-feira, 9 de abril de 2009

O Balcão do Mercado Central



 

“Tomar em pé? Só vaca”. Trata-se de um termo popular e usado com certa freqüência entre os botequeiros que não são muito adeptos a freqüentar os bares tomando em pé no balcão. Preferem as mesas. Mas, há os que preferem o balcão e eu sou um deles. Agora, se há um lugar onde essa preferência aumenta é ali no Mercado Central, maior ponto turístico hoje de nossa capital. Basta chegar e entrar pela Santa Catarina, Amazonas, Padre Belchior ou Augusto de Lima, se aconchegar em um daqueles balcões e pedir a primeira, uma cachaça e como tira-gosto o bife de fígado acebolado com jiló, ou um torresmo com mandioca. Ah, tem ainda o chouriço assado na chapa. Tudo muito bom!

 

 

E agora o Mercado passou a ser a “casa” de outros amigos. Primeiro uma visita às cachaçarias, às casas de carne, às queijarias, peixaria e depois a tradicional parada no Bar da Loira, ou outro qualquer. Lá estão o Miguel, Zé Afonso, Gaguinho e Mané Paciência. Uma boa prosa e desce cerveja. No Mercado Central se vê de tudo e se encontra de tudo. Mas o bom mesmo é ficar em pé, ali no balcão, tomando uma gelada e jogando conversa fora. E ver o movimento e, como diz o Miguel, “os biricuticos”, que na verdadeira concepção da palavra, são as meninas lindas e formosas que desfilam por ali. E tivesse o poeta maior, Vinícius de Moraes, vivo, faria a música “Garota do Mercado Central”, que desfila tal qual a de Ipanema.

 

 

E lá vamos nós, em mais um folga ao Mercado Central. E se você, aposentado ou em férias, ou mesmo em um feriado ou final de semana, e se não estiver aí de papo pro ar sem fazer nadas aqui na terrinha de Jean Monlé, dê uma esticada até o Mercado Central. E tome em pé, quem nem vaca...

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