sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nosso 1º meio século de vida



 

Nascemos em 1959... Uma geração que, se não foi dourada, ao menos foi de prata. Não vivemos a 2ª Guerra Mundial e nem mesmo a ditadura militar no Brasil, em seu início, que tanto fez o nosso país retroceder. Tínhamos apenas 5 anos de idade quando ela chegou, sob o símbolo de reformas em forma de direitistas sacanas, como o não saudoso Magalhães Pinto e sua corja de militares. Costa e Silva, Médici, Golbery, Geisel e tantas maçãs podres que mancharam o nosso país. O nosso povo, censurado, torturado e assassinado pelo regime militar. E torcemos e vibramos com o tri-campeonato de futebol do Brasil, naquele estádio de Guadalajara, no México, com os quatro a um sobre a Itália. E, aos 11 anos de idade e cursando o 4º ano de Grupo no Eugênia Scharlé, na Vila Tanque, nem imaginávamos que, atrás de cada gol de Pelé, Tostão, Jairzinho, Rivelino, Carlos Alberto, Gerson e Cia., um brasileiro morria torturado. Só porque discordava do regime autoritário.

 

 

Pois é, mas hoje abri meu Orkut e li a seguinte mensagem de uma contemporânea, dos tempos da Vila e do Scharlé: “Acho que não vejo vocês três há mais de trinta anos. Mudei de Monlevade em 1974. Neste ano todos nós vamos completar nosso primeiro meio século de vida. Um abraço para todos”... Era de Maria Aparecida Braga, filha do Sr. Geraldo Braga e de Dona Mocinha, moradores ali da rua 18, quase esquina com a 19, onde reside hoje o casal Zico e Marta. Ali, de frente para a casa onde moravam Seu Lelé e Dona Eni, ao lado de Seu Nozinho e Dona Conceição. E todos nós, filhos, crescemos juntos, estudamos juntos, aprontamos juntos, brincamos e brigamos juntos pelos nossos ideais e, apesar da dispersão – cada qual seguindo seu rumo -, a distância física não conseguiu roubar a nossa amizade. Somos eternos...

 

 

E neste 2009 completamos 50 anos de idade, meio século de vida. E nem sabemos onde vamos chegar, mas com certeza iremos chegar. Com a esperança de um mundo melhor para os nossos filhos e netos. É, alguns já devem ser avós. E que neste cinqüentenário, de uma geração como a nossa, tão especial, Deus nos abençoe, sempre!

Nenhum comentário:

Postar um comentário