Nessas boas coincidências da vida, uma delas foi saber que o meu pai é natural de lá, de Piracicaba. Minha mãe, conterrânea de Guimarães Rosa, nasceu em Cordisburgo, no meio agreste, meio sertão mineiro. E se conheceram
E aqui estamos hoje, no seu 45º aniversário e muita coisa mudou, é verdade, mas a minha sensibilidade de monlevadense permanece. Assim como a de outros monlevadenses, da geração que completa agora seu cinqüentenário. É, estamos ficando velhos, como diriam nossos pais. E, perpetuando a letra da música “Como nossos Pais”, do cearense Belchior, fica o contentamento de saber que, “apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como eles”... Podemos não ser aquela geração dourada, mas de prata, com certeza. E todos nós, crescemos juntos, estudamos juntos, aprontamos juntos, brincamos e brigamos juntos pelos nossos ideais e, apesar da dispersão – cada qual seguindo seu rumo -, a distância física não conseguiu roubar a nossa amizade. Somos eternos... Como é eterna a nossa João Monlevade, hospitaleira por demais. E os seus filhos, onde quer que estejam, não lhe abandonam jamais, porque tem essa coisa de pele, de raiz. Pois quem bebe desta água, jamais provará de outra igual.
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