terça-feira, 28 de abril de 2009

Monlevade, quase dois séculos de história



 

Marcelo Melo.

 

Não importa se são 45 anos de emancipação político-administrativa, porque o que vale mesmo são os 192 anos de história, desde que aqui chegou o francês que deu origem ao nome de nosso município. Jean que se fez João e Monlevade que permaneceu aportuguesado. Das Forjas Catalã à Belgo-Mineira, entre o francês Jean e o luxemburguês Louis Jaques Ensch, o pai da siderurgia nacional. E tudo teve início ali, no arraial de São Miguel do Piracicaba, entre o rio e as montanhas, e um solo perfeito para se fazer o aço.

 

Ah, são muitos causos contados pelos mais antigos e estampados nas páginas da Internet. E no século XIX, imaginar o fenômeno que consegue hoje unir todas as pessoas do mundo em uma rede de computadores daria pena de morte. Seria um sacrilégio. Mas, como dizia, as histórias e estórias são muitas, como o ciúme doentio da esposa de Jean Monlevade, Dona Clara Coutinho, que se tornou lendário. Em uma das cenas, durante um jantar na Fazenda Solar, o marido elogiou a dentadura da escrava copeira. Dias depois, recebeu de presente de D. Clara uma bela bandeja de prata, com a coleção de dentes da escrava. Herança maldirá do feudalismo ou amor por demais? Nem a história consegue desvendar tantos mistérios que pairavam nos cômodos daquela fazenda, o nosso Solar Monlevade, símbolo e orgulho desta terra.

 

Pois bem, mas João Monlevade merece minhas desculpas. Merece meu carinho e merece meu amor. Aliás, sempre fui um apaixonado por ela, desde menino, quando ainda pertencia à vizinha Rio Piracicaba. Onde passava grande parte de minhas férias escolares, entre a ponte que findava no bar de Seu Walter Valamiel, à pensão da minha Tia Gininha, que ficava ali, de frente para a estação. Provando as delícias da culinária de Dia Dinda, aquela preta velha maravilhosa! Campo da prainha, praia do Funil e a praça principal da cidade, onde ficava assentado aguardando as filhas de Seu Jurandir sair de casa: Márcio e Wilma, se não estou enganado. Amor platônico de um garotinho bobo, mas que desde aquela época brincava com as raízes de nossa terra e de nossa gente.

Um comentário:

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